Departamento de Artes
Visuais
Licenciatura em Artes
Visuais – Pró-licenciatura
Disciplina:
Projeto Interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem 2
Aluna: Cleusa Corrêa
Aluna: Cleusa Corrêa

Polo:
Planaltina – DF
Atividade: Semana 9 - “Material”
ASSEMBLAGE
CORA CORALINA
LEDA CATUNDA
Leitura poética da
obra de Cora Coralina através da técnica Assemblage
MENSAGEM
INICIAL
É com
muita satisfação a que venho convidá-los para uma jornada artística. Mas, não
estaremos sozinhos, a poetisa e contista Cora Coralina, a artista Leda Catunda
e a técnica Assemblage estarão conosco.
VOCÊS
CONHECEM CORA CORALINA?
Cora
Coralina, pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas,nasceu em
Goiânia, Goiás, em 20 de agosto de 1889 e morreu em 10 de abril de 1985, é a
grande poetisa do Estado de Goiás. Em 1903 já escrevia poemas sobre seu
cotidiano, tendo criado, juntamente com duas amigas, em 1908, o jornal de
poemas femininos "A Rosa". Em 1910, seu primeiro conto,
"Tragédia na Roça", é publicado no "Anuário Histórico e
Geográfico do Estado de Goiás", já com o pseudônimo de Cora Coralina. Em
1911 conhece o futuro marido Cantídio Tolentino Brêtas que não a incentiva a
ser poetisa. Ele a proíbe de integrar-se à Semana de Arte Moderna, a convite de
Monteiro Lobato, em 1922. Em 1928 muda-se para São Paulo (SP). Em 1934,
torna-se vendedora de livros da editora José Olimpio que, em 1965, lança seu
primeiro livro, "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais". Em
1976, é lançado "Meu Livro de Cordel", pela editora Cultura Goiana.
Em 1980, Carlos Drummond de Andrade, como era de seu feitio, após ler alguns
escritos da autora, manda-lhe uma carta elogiando seu trabalho, a qual, ao ser
divulgada, desperta o interesse do público leitor e a faz ficar conhecida em todo
o Brasil. Vejam como ela se define em um dos seus poemas:
Sou mulher
como outra qualquer.
Venho do século passado
e trago comigo todas as idades.
Venho do século passado
e trago comigo todas as idades.
Nasci numa
rebaixa de serra
Entre serras e morros.
“Longe de todos os lugares”.
Numa cidade de onde levaram
o ouro e deixaram as pedras.
Entre serras e morros.
“Longe de todos os lugares”.
Numa cidade de onde levaram
o ouro e deixaram as pedras.
Junto a
estas decorreram
a minha infância e adolescência.
a minha infância e adolescência.
Aos meus
anseios respondiam
as escarpas agrestes.
E eu fechada dentro
da imensa serrania
que se azulava na distância
longínqua. (...)
as escarpas agrestes.
E eu fechada dentro
da imensa serrania
que se azulava na distância
longínqua. (...)
(Meu Livro de Cordel, p.73 -76,
8°ed, 1998)
QUEM É LEDA CATUNDA?
Leda Catunda Serra, São Paulo,
1961, é uma pintora, escultora, artista
gráfica e visual e professora brasileira. Catunda ganhou destaque
nacional após participar da exposição: Como vai você, Geração 80, na Escola de
Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, em 1984.A partir desta
exposição, conquistou o mercado e a crítica de arte, a ponto de se tornar uma celebridade.
Catunda apresenta um percurso que contabiliza três Bienais de São Paulo (1983, 1985 e 1994) e grandes mostras coletivas como Modernidade (Paris, 1987), Artistas Latinos-Americanos do Século 20 (Museu de Arte Moderna de Nova York, 1993) e Mostra do Redescobrimento (São Paulo, 2000).Fez doutorado em poéticas visuais na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, em 2001. A artista investe na pintura como um meio ainda capaz de significar algo. Sua investigação no campo pictórico foca os limites entre a pintura e objeto. Ela chama atenção para a textura e a superfície dos materiais industrializados, tendo como acabamento o emprego de técnicas artesanais – como a costura – para adquirir originalidade, particularidade e identidade.
Catunda apresenta um percurso que contabiliza três Bienais de São Paulo (1983, 1985 e 1994) e grandes mostras coletivas como Modernidade (Paris, 1987), Artistas Latinos-Americanos do Século 20 (Museu de Arte Moderna de Nova York, 1993) e Mostra do Redescobrimento (São Paulo, 2000).Fez doutorado em poéticas visuais na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, em 2001. A artista investe na pintura como um meio ainda capaz de significar algo. Sua investigação no campo pictórico foca os limites entre a pintura e objeto. Ela chama atenção para a textura e a superfície dos materiais industrializados, tendo como acabamento o emprego de técnicas artesanais – como a costura – para adquirir originalidade, particularidade e identidade.
Suas obras oscilam em definição
entre o que se poderia chamar de pinturas ou de objetos moles, utilizando
vários tipos de tecidos e materiais para dar textura e volume. Com
procedimentos próximos aos da colagem, através da soma de materiais, recortes,
sobreposições e entrelaçamentos, reestrutura a superfície das pinturas em busca
de uma poética da maciez.
SABEM O QUE CORA E LEDA TEM EM COMUM?
As duas adoram cada uma a sua linguagem, falar sobre
coisas do cotidiano, do dia-a-dia.
O QUE É A ASSEMBLAGE?
O vocábulo Assemblage conceitua-se como
sendo “na arte contemporânea, obra tridimensional, figurativa ou não, que reúne
objetos e/ou materiais diversos, não convencionais, para obter um efeito
insólito e romper com as técnicas tradicionais da pintura e da escultura”.
Entende-se como a estética da acumulação, pois vai além das colagens e onde
todo e qualquer tipo de material pode ser incorporado, os objetos díspares
reunidos na obra, ainda que produzam um novo conjunto, não perdem o sentido
original. Ou seja, é a justaposição de elementos, em que é possível identificar
cada peça no interior do conjunto mais amplo. No mundo das artes, esse termo é
conhecido desde 1953 e foi difundido pelo Frances Jean Dubuffet (1901-1985) com
o objetivo alusivo de identificar os trabalhos artísticos que “vão além das
colagens”.
É
próprio das artes visuais o aproveitamento e exploração de vários materiais,
mas é justamente o emprego dessa técnica de articulação dos materiais para dar
origem a uma nova obra é que definimos como Assemblage. No Brasil alguns
artistas utilizaram procedimentos próximos ao da Assemblage como, por exemplo:
Leda Catunda (1961).
NOSSA
JORNADA:
Vamos
ler alguns poemas de Cora;
Que
tal, escolher um poema para visualizar, substituir palavras por imagens;
Vamos produzir uma obra de arte para
exposição coletiva usando recursos que vão além da pintura e colagem;
Como materializar suas visualizações do
poema com a aplicação da técnica Assemblage;
Quais materiais deseja
agregar a sua produção artística;
Vamos ao fazer
artístico!
Paisagem c/ Estrada, 1987, Acrílica s/
Tela, Plástico e Luz, 160 x 160 cm
REFERÊNCIAS:
Para Ler e Pensar. Cora Coralina: Biografia e poemas. Disponível
em:<http://www.paralerepensar.com.br/coracoralina.htm>. Acesso em: 08
maio 2012.
Para Ler e Pensar. Poema: Cora Coralina, quem é você?
Disponível em: <http://www.paralerepensar.com.br/coracoralina.htm#CORA_CORALINA,_QUEM_É_VOCÊ_0.>
Acesso em: 08 maio 2012.
ArtePrática.
Entrevista Leda Catunda. Disponível
em: http://www.artepratica.com/entrevistas/page31/page31.html. Acesso em: 08
maio 2012.
ASSEMBLAGE. Disponível em:
<http://forum.wordreference.com/showthread.php?t=2072160>. Acesso em: 8
maio 2012.
METRÓPOLIS
– RETROSPECTIVA LEDA CATUNDA EM SÃO
PAULO. Disponível
em:<http://mais.uol.com.br/view/xiddtuwnvlqs/metropolis--retrospectiva-leda-catunda-em-sao-paulo-04023472E4B10366?types=A.>
Acesso em 8 maio 2012.
Que colorido! Amei o plano de fundo Cleusa! E seu material de apoio está muito bem planejado, com muita informação.
ResponderExcluirAbraços!
Suene